Combate ao roubo de bicicletas

Bike registrada

Navegando pelo portal Mobilize encontrei uma iniciativa muito legal: o registro de bicicletas como uma iniciativa de combate à comercialização de bicicletasroubadas/furtadas.

Funciona assim: você registra os seus dados pessoais e da bicicleta, como se fosse ao Detran registrar seu carro. Daí, no caso de roubo/furto, você lança no site um registro da ocorrência no site. Assim, qualquer pessoa interessada em comprar uma bicicleta usada poderá ter acesso ao banco de dados do site, onde é possível consultar se há algum registro de roubo/furto.

Para funcionar, no entanto, a iniciativa depende da conscientização de quem está comprando uma bicicleta para consultar no site e se certificar de que não está comprando um veículo fruto de roubo/furto.

Para conhecer melhor a ideia, acesse o site Bike Registrada

Filme Urbanized

urbanized_poster-1_zps92cd1f94

Àqueles que se interessam pela dinâmica do planejamento urbano e desenvolvimento das cidades, recomendo fortemente o filme “Urbanized”.

Segue a sinopse do filme que pode ser encontrado no site Making off

“Urbanized é um documentário sobre o desenho das cidades, enfocando questões e estratégias por trás do desenho urbano, e as opiniões de alguns dos mais renomados arquitetos, urbanistas, políticos, construtores e pensadores. Mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas, e mais de 75% viverão até 2050. Mas, enquanto algumas cidades estão experimentando um crescimento explosivo, outras estão em fase de condensação. Os desafios de equilibrar, habitação, mobilidade, espaço público, participação popular, o desenvolvimento econômico e as políticas ambientais, estão rapidamente tornando-se uma  preocupação universal. Ainda assim, a maioria dos discursos sobre esses temas estão desconectados do domínio público.”

Entrevista à CBN, sobre o Programa de Segurança para Maceió

Na semana passada foi ao ar uma entrevista que dei, com as arquitetas Isadora Padilha e Thiara Luz, sobre a violência em Maceió e a necessidade de planejar e atuar sobre as questões que envolvem o tema.

Quem tiver interesse em ouvir, acesse o link e busque o termo:

“Programa de ações contra a violência em Maceió”

 

 

Programa de ações para a redução da violência em Alagoas

cnn

Aqui neste blog, foi publicado em 24/11/2013 um texto (clique aqui para ler) que fala sobre o medo que tem tomado conta da cidade de Maceió, devido ao elevado índice de criminalidade. Na ocasião, foi proposta a montagem de um programa de ações para o combate à violência na cidade. Segue, neste post, um esboço da ideia.

O programa de ações para a segurança de Alagoas (começando por Maceió) foi recentemente abraçado pelo Instituto para o Desenvolvimento das Alagoas e está ganhando um formato mais sólido para ser apresentado ao poder público e à sociedade. O Programa está sendo criado e está aberto a sugestões de todos. Fiquem à vontade em opinar.

A ideia é a seguinte:

O projeto está dividido em sete ações:

  1. Realização de um seminário sobre violência em Alagoas. Seriam convidados especialistas em diversas áreas do conhecimento, para fazerem explanações sobre as causas e efeitos da violência, apresentarem estatísticas, projeções e perspectivas segundo suas áreas de atuação. Antropologia, história, sociologia, assistência social, economia, planejamento urbano, psicologia, ciências sociais… Este seminário teria o objetivo de gerar informação, promover debates e criar o ambiente para a elaboração de um programa de ações;
  2. Realização de uma audiência pública para que a população possa se expressar, registrar demandas, e eleger uma comissão de representantes da sociedade civil para a montagem do Programa;
  3. Montagem de uma comissão, para criar e avaliar o Programa, formada por representantes do poder público, comissão da sociedade civil e especialistas convidados;
  4. Elaboração do Programa, com um cronograma de ações e objetivos, metas e indicadores concretos e mensuráveis de curto, médio e longo prazos;
  5. Criação de um portal na internet e de um aplicativo para celular que seriam utilizados para apresentar tanto informações acerca dos indicadores sociais e índices de violência, quanto do Programa, para possibilitar o seu monitoramento por parte do poder público e da sociedade. Seriam enviadas notificações de atualização aos usuários cadastrados, dos status das ações programadas, do cumprimento ou não de metas, estatísticas, gráficos de indicadores etc. Os indicadores sociais e dados sobre a violência, dentre outros, seriam disponibilizados em formato aberto (processável por computadores) para incentivar a participação da sociedade no desenvolvimento de aplicativos, pesquisas, estudos…;
  6. Realização de uma hackathon[1] com o objetivo de gerar soluções tecnológicas que contribuam para a melhoria da qualidade das informações sobre violência e consecução dos objetivos traçados no plano;
  7. Revisão anual do Programa.

Sugestões?


[1] O Hackathon é uma maratona de hackers, programadores, desenvolvedores e inventores em geral para promover o desenvolvimento de projetos que visem a transparência de informações públicas por meio de tecnologias digitais. Fonte: http://hackathondadoseducacionais.com/

O por quê da faixa azul em Maceió-AL

Desde ontem (17/02/14), passou a vigorar a faixa exclusiva para o tráfego de ônibus no eixo viário Fernandes Lima/Durval de Góes Monteiro, com fiscalização da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). Até o dia 09 de março, no entanto, os condutores serão apenas orientados acerca da importância de se respeitar o espaço de circulação do transporte coletivo. A partir do dia 10, aqueles que desrespeitarem a nova faixa exclusiva serão autuados.

Com a notícia de implantação da faixa, inúmeras manifestações surgiram nas redes sociais. Lamentavelmente, a maioria delas são de vozes indignadas, esbravejando argumentos baseados no senso comum, alegando que a faixa é um erro e que representará o caos para o trânsito local. “Uma ideia insana”, dizem alguns.

Acontece, meu caros, que o caos já está instalado! Há muito tempo…

E, definitivamente, não foi o transporte público coletivo que o causou. Leia Mais…

Mwany

Image
Nos próximos dias, o público terá a oportunidade de assistir o filme de Nivaldo Vasconcelos, Mwany, na 4ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano, que acontecerá entre 06 e 09 de dezembro, na Praça Multieventos.

“É um filme sobre o sentimento de pertença, inclusive o de não pertencer.” Define e sinopse do belo filme, marcado pela força visual e espiritual da protagonista, Sónia André, e sua filha Thandy, pela narrativa cinematográfica inteligente e bem construída de Nivaldo e a fotografia fascinante de Alice.

Acredito que muita gente que estava presente na exibição de estréia identificou-se com Sónia. Não em suas particularidades, certamente, como em suas roupas peculiares, no seu jeito de falar, em sua cultura tão cheia de valores, muitos deles bem diferentes dos que alimenta a sociedade brasileira, inclusive. Refiro-me ao que o filme trata em sua essência: a identidade e o pertencimento. Leia Mais…

Vazios urbanos e segurança pública

vazio urbano

A proliferação de vazios urbanos, lixo nas ruas e desordem espacial têm efeitos mais sérios do que muitos imaginam.

Em Maceió, segundo a prefeitura, temos mais de 100 edifícios em situação de abandono (Lei a matéria aqui). Estes vazios, além de se configurarem como pontos de prática de delitos, proporciona uma sensação de abandono e descaso com o espaço o que provoca efeitos devastadores para a paisagem e vitalidade urbana.

Leia a teoria das janelas quebradas e entenda o porquê.

Em breve postarei um diagnóstico de uma região específica da cidade ilustrando o problema em questão.

O cidadão em Maceió anda com medo.

O cidadão em Maceió anda com medo.

Na verdade, andar é um verbo com sério risco de extinção na capital de Alagoas.

O perigo é onipresente no ar da cidade. Seja ele real ou percebido. É bem verdade que o espetáculo da mídia e as redes sociais ampliam a percepção da violência, mas é difícil encontrar alguém que não tenha sido vítima de algum crime direta ou indiretamente, ou que, pelo menos, não conheça alguém que o foi nos últimos tempos.

As ruas, calçadas e praças tornam-se um ambiente inóspito neste contexto e a tendência é que as pessoas o abandonem cada vez mais, configurando assim um lastimável ciclo vicioso: o espaço público é perigoso e as pessoas se afastem dele tornando-o ainda mais perigoso. A mera presença de pessoas nas ruas cria um processo de vigilância natural que diminui e percepção e o risco de violência.  Leia Mais…